03/01/2010

Estive com Deus em "A Cabana", mas já estive com Deus na minha cabana!

Uma das minhas vontades para o feriado de Ano Novo era estar com Deus.
Bom, estou com Deus em todos os lugares e vejo Deus em tudo e em todos. Não sei dizer quando nosso relacionamento começou, pois era muito pequena e conversava intimamente com Ele em qualquer canto ou situação e Ele, sempre, sempre me respondeu.
Quando alguém me questiona dizendo que pede, pede e Ele não responde digo que é necessário ouvir Suas respostas, coisa que as pessoas tem muita dificuldade. Aprendi que Ele me responde através de "sinais", pois tudo nesse mundo tem Seu sopro. Que sinais? Uma música, uma pessoa, um livro, uma situação em que você pode enxergar a sua própria, um cachorro, um imprevisto... para quem está atento os sinais se revelam de forma mágica!
Como meu relacionamento com Deus é muito íntimo e muito claro, para mim, nenhuma religião, bem como nenhuma filosofia de vida ou qualquer sistema, me aprisiona. A liberdade é o que Ele nos ensina. Estamos aqui para aprender a sermos livres. Isso significa sermos cada vez mais a nossa essência e sabemos que a essência que existe em nós é divina, é criadora, é amorosa, é gentil, compartilha, dá valor, agradece, aceita, perdoa...
Porém, confesso que não tinha um relacionamento íntimo com Seu filho Jesus, durante a maior parte de minha vida. Para mim, Jesus era um profeta, aquele que tinha as qualidades de Deus, mas tudo era muito confuso e achava que a Igreja Católica usava esse homem para benefício de suas manipulações. A verdade é que nunca fui muito católica, embora tenha estudado em colégios de madre e padre por toda minha infância e início da adolescência. Não entendia a Bíblia, achava tudo um absurdo e me irritava quando ia à missa com minha mãe, dizia a ela que ia lá para pecar, porque não via sentido e só ficava pensando mal de tudo a missa inteira.
No início de 2005, quando passei pelo meu Grande Problema e da noite para o dia havia perdido tudo, minha empresa, meu dinheiro, meu nome e principalmente... meu sonho que estava começando a se concretizar, eu com 32 anos, dentro de um buraco negro, não sabia o que fazer. Começar do zero não era o problema. O problema era descobrir por onde e por que aquilo estava acontecendo. Deus estava comigo, eu não tinha dúvida, mas onde Ele estava? Por dias, eu não conseguia mais ouví-Lo... e me lembrei de que também, mergulhada na tentativa de resolver tantos problemas, não havia pedido Sua ajuda... até esse momento.
Numa noite tive um sonho... que estava num apartamento, sem luz e um temporal. Havia alguém comigo, mas não falávamos, não enxergava e não identificava quem era. Uma seqüência de raios iluminou a sala e novamente no escuro havia no pescoço de meu amigo, que a essa altura identifiquei quem era, um crucifixo de ouro, que brilhava e saltava aos meus olhos, cheio de raios dourados. Acordei com uma força diferente, era domingo e esse amigo era católico, usava realmente essa corrente com o crucifixo e ia à missa todo domingo. Liguei para ele e deixei recado que queria ir junto, caso ele estivesse em SP. Não me retornou e arrisquei encontrá-lo na Igreja que eu sabia que ele freqüentava, a do Colégio São Luiz. Não o vi lá, mas aconteceu algo diferente. Achei aquela missa "didática", sim, didática, não sei o que ouvi, mas sei que entendi, talvez pela primeira vez na vida eu tivesse entendido alguma coisa numa missa. Fiquei intrigada e repeti o procedimento no domingo seguinte, era Domingo de Ramos. Algo ou tudo parecia estar sendo dito especialmente pra mim, absorvi todas as metáforas e estava começando a simpatizar com aquele "Jesus", começando a vê-lo de outra maneira. Depois de um mês freqüentando a mesma missa, minha curiosidade escorpiana me fez rodar em algumas igrejas.
Ao participar da primeira missa no Mosteiro de São Bento descobri, ali, a minha missa, mas principalmente, ali, descobri Jesus, inteiro, pleno e vivo... dentro de mim... e no dia que fui inundada por esse sentimento decidi que renovaria meus votos, sendo crismada.
Fiz a crisma na Igreja São Gabriel e ali, senti um amor supremo, um compartilhar das experiências de alma e de coração das professoras, do Cônego Rafael, do padre Vicente e ali, compreendi com o coração e não com a mente o que significava o Espírito Santo e o que era a Santíssima Trindade.
Após ler vários livros e fazer cursos de Cabala, quanto mais aprendo, mais percebo o quanto Jesus é o próprio Deus em forma humana... é por essa razão que já me desinteressei do assunto Cabala, porque já cheguei num ponto dela em que, para mim, acaba o Velho Testamento.
Mas voltando, eu queria passar o feriado com Deus e passei, lendo a Cabana. Minha mãe diz que tudo o quê eu falo a respeito de Deus quando alguém com sua mente racional contesta a Bíblia, Jesus e porque Deus não usa seus super poderes para trazer paz a humanidade, está ali no livro. Está mesmo.
Acabo de contar para vocês quando foi que encontrei uma parte de Deus, em que cabana ele se desvendou para mim.
E você? Está preparado para um fim de semana com Deus? Leia "A Cabana", mas esteja pronto para a sua conversa com Ele, na sua cabana...

Um comentário:

  1. Otimo texto. Um dia escrevo minha descoberta Católica.
    (PS: consegui acesso aqui do escritório, em casa não consigo entrar no seu blog)

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