19/11/2010

Onde Mora o Sol

O Sol tem um esconderijo.
Todo dia, quando se põe, vai dormir no coração de uma menina.
Passa a noite lá, quietinho, respirando e pulsando devagarinho para não assustá-la.
Pela manhã, ele sai de mansinho, na frente dela.
Cada um vai fazer o trabalho que o Universo lhes designou.
Ele vai levar a luz, energia e calor ao macrocosmos;
E ela, ao microcosmos em que vive.
Ambos, em parceria, nasceram para irradiar a vida das pessoas.

16/11/2010

"KARMA", em Budapeste

Estamos perdidos?
Se você está numa cidade desconhecida, com uma língua que não é a sua, já está perdido. Para que se preocupar se está "aqui" ou "ali" no mapa se tudo é desconhecido? Desbrave. Construa seus próprios caminhos, descubra por si próprio essa cidade e fatalmente descobrirá seu povo, suas características e muito mais do que imagina.
Sempre penso isso em toda viagem e acontece alguma coisa dentro de mim que em um dia me transforma quase que em nativa no lugar aonde estou. Aprendo rápido, sei onde estou e descubro coisas novas. Essa é a parte mais interessante para mim... das coisas que não estão programadas e vêm como bônus num espaço onde o coração escolheu ir para a direita ou para a esquerda... a alma conduz o viajante. Esse é o espírito de qualquer uma das minhas viagens.
Hoje estou "perdida" em Budapeste. Quando falo perdida é metaforicamente, quero dizer que estava "perambulando a minha maneira" em Budapeste. Peguei o trem 2 que margeia o Danúbio, fui do ponto de partida até o final e voltei. Na volta, não terminei o percurso, claro, porque já sei exatamente onde estou e parei na ponte principal para pegar um ônibus que vai a uma rua badalada de cafés para eu tomar um lanche. Enquanto o ônibus não vinha, me debrucei sobre a ponte, olhando o castelo, as igrejas do outro lado (Buda) e bem acima do Danúbio, a Lua Crescente, linda. Não perco uma oportunidade de conversar com a lua e fiquei lá imaginando quantos de meus antepassados se debruçaram ali, quantos namoraram ali, como um casal a uns passos de mim, quantas estórias do passado, já se deram ali e que na teia da vida, construíram uma rede que me trouxe até aqui, até essa vida, até esse momento. E será que eu mesma, já fui um desses personagens? E aqui, bem aqui, chegando em Budapeste, me deparo com uma notícia do outro lado do oceano, de algo que parece que teve um "gap" na minha história e agora precisa fazer um remendo.
O ônibus chegou, mas os pensamentos não cessam. Continuei pensando e cheguei a uma conclusão.
Viajar é como nascer. Escolhemos um destino, da mesma forma quando nascemos, escolhemos um destino. escolhemos uma cidade, da mesma forma que escolhemos nossos pais, para serem a base de nosso processo para cumprir o destino. Ao nascermos, escolhemos inconscientemente nossos carmas e como passamos por eles é o nosso aprendizado; nas viagens, às vezes escolhemos inconscientemente nossos carmas e como passamos por eles é nosso aprendizado para tornar a viagem, maravilhosa ou horrível. E tanto os obstáculos, como as bênçãos, aparecem em ambas as viagens! Mas o mais importante desse pensamento é que em ambos os casos chegamos perdidos e temos como única meta nos encontrar. A meta não é encontrar qualquer museu, monumento ou história, a meta é encontrar pelo caminho a nossa história, a que traz paz, satisfação e conforto dentro de nós, sozinhos, em qualquer lugar. Essa é a meta de ambas as viagens!
E sem querer, me atraio por luzes num restaurante que sou atraída a ficar e quando chego bem perto vejo seu nome... KARMA!

14/10/2010

Falta de Inspiração

Inspiração é algo que nasce da dor ou do amor...

Quando a alma se cala é sinal de perigo. Possivelmente pelo medo de confrontar a grande dor ou o grande amor.

Para ter coragem de encarar a grande dor que traz com ela todas as frustrações, decepções e a verdadeira realidade, só existe um caminho... o perdão. Perdoar primeiro a si mesmo pela cegueira e os erros cometidos.

E para não ter medo de voltar a sentir o grande amor, sem contabilizar as perdas que vieram com ele, só existe um meio... a gratidão por todos os ganhos.

O bloqueio do sentir impede o fluxo da criatividade.

15/09/2010

Sintonia Diária da Kabbalah

Quarta |15 de Setembro

"O grande paradoxo da Luz é: quanto mais queremos realizar, mais desafios teremos. O objetivo é nos ajudar a elevar nossa consciência, experimentar milagres e nos aproximar da Luz.

Hoje, peça mais, e saiba que você é muito mais poderoso do que imagina."

Liberdade - por Rosa Barros

De forma simples e sutil, Rosa Barros, explica a liberdade, do jeito que eu sinto que é e que venho conquistando.
Leio e enxergo aqui vários mestres... Osho está presente... mas mestres são todos aqueles que passam em nossas vidas para mostrar o quanto já somos livres ou o quanto ainda estamos presos.
Que seus mestres estejam sempre diante de seus olhos!
Desfrutem e aproveitem para voar... as asas estão no coração!

Lu.



"O que é liberdade?

É o estado d'alma de fluidez, soltura, leveza e alegria.

Conquistada por aqueles que se transformaram interiormente.

A liberdade pertence àquele que se conquistou.

Dependendo do nível em que cada um está neste caminho trasformador,

será desfrutada em maior ou em menor grau.

Indivíduos que alinharam o livre-arbítrio

à reflexão conquistaram a liberdade e a sabedoria.

O estado de liberdade proporciona

flexibilidade no pensar, no sentir e no agir.

Desfaz as crenças, valores velhos e mofados.

Este estado abre-se ao novo, aos rítmos da vida e suas transformações.

Neste estado já não se possui mais grilhões interiores.

É a vivência dos autênticos valores da alma.

Observa a vida com maestria.

Este estado produz uma atmosfera pacífica,

de bom ânimo e de partilha.

Ele traz segurança e quietude.

O equilíbrio está sempre presente.

O caminho do meio é o foco para distinguir o real do ilusório.

Os individuos livres libertam, se expressam e promovem a liberdade.

Este estado é um estado a ser conquistado a cada dia.

Quem é livre conhece o caminho para o Amor.

Só com liberdade interior

saberemos o que é realmente Amar.

Somos livres?"


Texto de Rosa Barros

http://atoderefletir.blogspot.com/2010/08/liberdade.html

08/09/2010

Liberdade - coerência entre pensar e agir.

O que é liberdade para você? Onde você a encontra?
Para mim é simples a resposta, é estar confortável com as minhas escolhas. É não agir diferente do que eu penso. Isso é liberdade e se encontra bem dentro de mim e em todas as minhas ações.
Se você acha que transar com todo mundo, usar drogas, desrespeitar as leis, usar a meia calça da sua namorada, se for homem e sentar de pernas abertas se for mulher, isso só é liberdade se você assumir cada uma dessas escolhas para você e para o mundo. Isso só é liberdade se seus pensamentos estiverem coordenados.
Você pode transar com todo mundo sem compromisso, desde que todo mundo saiba disso e ninguém se iluda. Você também pode ter um relacionamento aberto, ser bígamo ou o que quer que escolha, desde que cada pessoa envolvida saiba exatamente das outras, dos seus sentimentos ou falta deles e dos seus planos ou falta de planos. Você também pode resolver ganhar dinheiro com o maior movimento que existe na internet, a pornografia, desde que você jamais sonhe que as pessoas possam deixar de fazer parte da massa inconsciente materialista e assumam suas identidades de alma. #LIBERDADE
Você pode usar drogas à vontade, legais e ilegais, desde que você cuide para não provocar um acidente enquanto chapado e envolver inocentes na sua doidera e não ser hipócrita de condenar qualquer pessoa que não tenha pego uma nota fiscal num café. E claro, usando as ilegais, que você também não se importe de fazer parte de uma rede de relacionamento de bandidos e promover o crime. Se você é contra o crime, não o promova ou faça parte dele! #LIBERDADE
Você pode usar a meia calça e as roupas da sua namorada, mesmo sendo um menino, mas por favor, converse com ela, não faça escondido. Ela pode até te dar várias dicas de maquiagem de brinde... e também pode dar com o salto do sapato na sua bunda, mas cada um vai escolher aquilo que mais deseja junto, conversando. Por pior que as coisas possam parecer, a verdade sempre liberta, enquanto a mentira sempre mancha o que um dia houve de mais verdadeiro em cada relacionamento. #LIBERDADE
Você pode escolher fazer qualquer coisa que você acredite!
E você deve fazer qualquer coisa que não te aprisione!
Acabei de cometer mais um ato de liberdade após meu último post e então, resolvi escrever esse.
Mandei um e.mail ao meu ex namorado, dizendo que não estava confortável em fazer qualquer coisa em Paris por "nós" e principalmente, que embora soubesse que ele queria me dar euros de presente de todo o coração, não me sentiria bem, pois me sentiria em dívida emocional. Quero ir livre e simplesmente deixar fluir sentimentos, emoções e lembranças, naturalmente, sem esquema ou obrigação. Tenho certeza que ele entenderá porque sei que ele admira a honestidade que tenho comigo mesma, a fidelidade que tenho com meus sentimentos e a dignidade que tenho com as pessoas a minha volta, de jamais me aproveitar ou de enganar, sempre deixando tudo muito claro.
Isso é liberdade pra mim, estar em paz comigo, livre por dentro... para sentir, pensar e agir em perfeita concordância e harmonia.
Dormirei feliz e em paz!

07/09/2010

Homens... possessivos, egoístas ou eternos carentes?

Sabemos exatamente qual a nossa dor, mas raramente percebemos a dor que causamos no outro.
Domingo percebi que meu ex namorado tem zero percepção das dores que causou em mim. Entre muitas, uma delas, que também não foi a última, foi quando eu, já tendo rompido com ele, resolvi escrever um e.mail de 2 parágrafos a ele, que na ocasião estava morando em Paris, perguntando se estava bem e pedindo para que me contasse da vida como morador em Paris para que eu pudesse sonhar um pouco com isso. Poderia ter mencionado os problemas que vinha enfrentando aqui, de várias ordens, mas não era essa a intenção e sim, exatamente o que eu escrevia no e.mail, fugir da minha realidade através de um relato de alguém querido na cidade do mundo que mais sou apaixonada. Só. Ele me respondeu um e.mail imenso e fora de contexto, inclusive só reclamando de Paris, terminando dizendo que achava saudável nosso afastamento. Bom, para mim estava bem saudável o término, era consciente disso. Me surpreendi por ele achar que aquilo era uma tentativa de reaproximação afetiva, pois não era mesmo, quando eu termino um relacionamento, sei exatamente o que estou fazendo e ao me arrepender também sou clara o suficiente. Aliás, sempre sou clara por isso estranhei a reação dele! Bom, fiquei foi consciente de que era melhor não saber nada de Paris pelos olhos amargos dele, porque ia acabar destruindo minhas percepções sobre a cidade, afinal, temos percepções de vida e das coisas, totalmente diferentes. Agradecei a Deus por nunca ter ido à Paris com ele e esqueci essa estória.
Durante dois anos tivemos mínimos contatos, restritos a aniversários e coisas assim e uma tentativa de tomar um café outro dia, por iniciativa minha, pois afinal, o considero muito, tenho um carinho imenso, um respeito memorável e honro nosso relacionamento de forma muito sagrada, pois percebo os passos que dei, o quanto aprendi com ele e o quanto é possível duas pessoas serem felizes quando estão dispostas a isso.
Bom, domingo ele me liga e sua segunda frase é que está se sentindo muito sozinho. Estranho para quem não mantém contato ou qualquer tipo de vínculo, mas, tudo bem, sei que as pessoas gostam de se abrir comigo. Contei que estava montando minha viagem e ao saber que vou para Europa com um amigo, diz com todas as letras que está com dor de cotovelo. Não bastasse esse comportamento estranho, pede para eu fazer um passeio em Paris em homenagem a "nós" e que ele quer que eu passe em frente a casa onde ele morou e faça essas e outras coisas por ele. Ah, além, claro, dele depositar euros em minha conta, de presente, e dizer que posso levar meu amigo no passeio que escolher fazer em celebração "a nós". Que bom que posso!!!
Estou tão bem resolvida com essa estória que na hora dei risada, disse que ia fazer, tirar fotos e até cheguei a me emocionar com ele falando, porque senti que ele também estava emocionado.
Mas agora, analisando friamente, isso não faz o menor sentido e é uma estratégia masculina baixa de querer a minha atenção enquanto eu estiver com outro homem que ele supõe que possa haver algum envolvimento (ele perguntou isso).
Não farei nada por ele, bem como não aceitarei nenhum euro de presente porque simplesmente não quero nenhum tipo de endividamento moral ou emocional com ninguém. Somente aceito presentes de homens com quem eu estiver "trocando", seja lá o que for que eu esteja trocando, amizade, companheirismo, amor, carinho, sexo, trabalho, mas que um presente seja só um presente, dado, sem obrigação de usá-lo de alguma forma específica.
Tenho minhas próprias lembranças e sonhos de Paris, incluindo o sonho de ir com alguém especial, um dia. O pouco que nós sonhamos juntos com Paris, de fato, nunca senti no coração e nem cheguei a visualizar em minha mente. Acho que a frase dele para mim naquela época se aplica inversamente agora... "é saudável mantermos a distância". É, eu sei, sou "fogo na roupa"!!! Mas também, como você diz, sou uma verdadeira libertária! E eu sei que você me entenderá e me dará razão.
Sou livre, estou livre e amo Paris, do jeito que eu sei, quero e gosto de amar aquela cidade. É desse jeito que será, comendo crepe na rua, namorando a cidade, namorando a mim e o quê ou quem mais eu quiser namorar, me apaixonar, amar!
Dentro do meu coração levarei somente o que estiver nele! Como sempre...

26/08/2010

Insight Feminino X Masculino

Outro dia tive o privilégio de ter o Dani só pra mim. O Dani é o Daniel Borges, meu instrutor de Swásthya Yôga.
Ao final da prática ele aproveitou para corrigir a passagem do Shiva Mudrá ao Prána Mudrá, que são gestos reflexológicos feitos com as mãos.
No Shiva Mudrá, nós mulheres, colocamos a palma direita sob a palma esquerda e os homens ao contrário, por causa das polaridades feminina (negativa) e masculina (positiva). Ao passar ao Prána Mudrá, unimos os polegares e subimos a mão direita sinuosamente podendo utilizar-nos de todo nosso braço e ritmo, levando a mão esquerda, que ao final se junta à palma da mão, lembrando que as mãos são ao contrário para os homens.
Eu estava fazendo esse gesto meio bagunçado, movimentando as duas mãos e nenhuma movimentando com tanta sinuosidade, isto é, masculino invadindo feminino e feminino invadindo masculino, nada coordenado.
E o Dani me disse... "a mão direita é o feminino, ela sobe leve e sinuosa, dançando, enquanto vai levando a outra mão que é o masculino, que sobe mais firme quando chega ao final é essa mão que num gesto mais brusco se une a outra".
Ficou para mim evidente a energia da "ação", aliás, dos dois tipos de ação das energias opostas e complementares.
Faz mais de um mês que toda vez que pratico esse gesto ele se torna mais consciente de seu significado. A propósito, acho que é isso que significa um gesto "reflexológico", trazer, através de um gesto, um estado de receptividade superlativa que desencadeia uma sucessão de estados de consciência.
Swásthya Yôga!!!

E falando de Feminino e Masculino...

... é impressionante como essas energias estão ficando cada vez mais claras e até "visíveis" para mim.
Sempre soube que tinha um desequilíbrio do meu masculino, que essa energia era mais forte e predominante, mas não entendia direito como isso funcionava. Minha objetividade, flexibilidade e facilidade na resolução de problemas faziam com que, num relacionamento, o outro se sentisse diminuído por não ter a mesma facilidade ou rapidez em solucionar as coisas. E a natureza masculina é assim, pensa, resolve, age, assume riscos, protege e luta se precisar.
O que não compreendia era que se eu tinha esses atributos, abrir mão deles seria regredir no meu processo evolutivo e me colocar na energia feminina seria me submeter as escolhas do outro.
Naturalmente, reforçava todo o meu processo de escolhas erradas no amor, atraindo sempre homens com distúrbio em seu feminino e obviamente enfraquecidos. Homens que perderam ou nunca encontraram a força dessa energia, incapacitados de escolher e assumir suas escolhas, sempre com dúvidas e problemas que os prendiam de alguma forma em alguma situação, fosse ela emocional, financeira ou psicológica. Na tentativa de ajudar, os nossos desequilíbrios aumentavam trazendo, dor, sofrimento e ruptura, porque ambos estavam agindo contra sua própria natureza e quando não estamos presentes individualmente em nossa energia, com equilíbrio, é impossível manter um relacionamento harmonioso com outra pessoa. Mas o bom desses encontros é que eles servem justamente para o aprendizado.
Ainda não encontrei o relacionamento harmonioso e equilibrado, mas sinto que minha vida está mudando nesse sentido porque tenho me deparado com situações de parcerias com homens perfeitamente encaixados em seu masculino e noto a diferença tanto em mim como nas ações que eles têm, que é o que as mulheres chamam de homem com H e esse H significando o mais belo que existe na força do masculino... "atitude". Os homens sempre acham que quando mencionamos esse homem com H estamos falando de virilidade, mas não, os homens que precisam mostrar muita virilidade são um dos tipos que sofrem o desequilíbrio de seu feminino, porque masculinidade é algo muito simples e prático, é falar, cumprir a palavra, é não ter necessidade de ser aceito o tempo todo, é dizer sim e não com naturalidade, é só se posicionar diante da vida, dos problemas, do trabalho, das mulheres. E nós, mulheres, nos sentimos atraídas e desejamos sexualmente os homens com atitude, que fazem escolhas na vida e correm riscos. Isso é excitante num homem!

23/08/2010

Meio a Meio


Sábado estava fazendo escova nos cabelos quando o secador teve um rompante e resolveu se suicidar. Se atirou ao chão e queimou por dentro, esfumaçando o banheiro.
Detesto objetos com vida própria e pior, com personalidade, porque ele poderia ter resolvido se matar de outra forma menos dolorosa para nós dois, por exemplo, deixando de funcionar (ou seria respirar?), porque eu passaria um mousse nos cabelos e deixaria sacar naturalmente. Mas aconteceu no meio da minha escova, quando estava com metade dos cabelos já lisos.
Atrasada, essa é a palavra que sempre atrapalha na hora que se tem um imprevisto trágico desses! Acabei saindo assim mesmo, lado esquerdo liso, lado direito ondulado.
Ia pedir o secador da minha amiga emprestado para terminar quando chegasse na casa dela, mas mudei de idéia no caminho.
Fui me olhando no retrovisor do carro enquanto essa outra metade secava naturalmente, armando e se ondulando ainda mais e descobri coisas muito interessantes. Metade de personalidades diferentes que fazem parte da mesma pessoa.
O lado esquerdo é o masculino (liso), as cores estavam mais nítidas, o corte estruturado, com brilho e movimento. O cabelo liso traz mais serenidade ao meu rosto, meus olhos transparecem toda sinceridade dos sentimentos que a alma está vivendo. Não tem como disfarçar, é aquilo que é, bem próprio do masculino.
O lado direito é o feminino (ondulado) e as mechas se entrelaçavam, se sobrepunham, a mecha loira com as outras perdia toda definição que ela tem por ser única, se misturando. A ondulação da franja, nos olhos, reaviva o olhar e desperta para os sonhos, os sentimentos mais profundos, os desejos. Os olhos ganham um brilho diferente. O conjunto fica selvagem e toda essa dança é bem própria do universo feminino.
Acho que com esse incidente consegui entender porque os homens gostam mais dos cabelos ao natural, ondulados! porque eles revelam a natureza do feminino, que se movimenta, que muda de opinião, que chora e ri ao mesmo tempo, que ama e odeia num minuto, que perdoa, que se enche de esperanças, que traz vida dentro de si, enquanto eles estão ali, firmes no seu masculino, estruturados, fortes, seguros, prontos para a trazer o equilíbrio e ganhar o equilíbrio nesse universo!

OBS: Decidi ficar assim, o dia inteiro. As amigas estranharam de cara, mas acharam "normal" a novidade, a fama de louca já é minha, posso sempre fazer o que eu quiser que nunca serei julgada... hahaha.
Uma menininha na rua também me olhou fixo e sorriu, acho que depois de ter passado por mim ela deve ter dado risada, mesmo, pelo menos eu, depois de passar por ela ri muito sozinha na rua. Doida completa! Sabe o que? É bom rirem de nós e não sermos perfeitos, lindos e maravilhosos, ajuda a combater o ego e a brilhar o que realmente precisa ser notado... a alma.

Sintonia Diária

Kabbalah | sintonia diária
Segunda | 23 de Agosto

Os relacionamentos são o equilíbrio ente dar e receber. O equilíbrio ideal é 50/50, mas às vezes fica 70/30, outras 20/80.

A questão é: Você está disposto a deixar esse desequilíbrio persistir?

Recoloque os pratos na balança hoje.

21/08/2010

Para evoluir, precisamos estudar nossas sombras e nossas luzes...
... e para fotografar, precisamos estudar as sombras e as luzes do mundo!

18/08/2010

A Kabbalah diz que quando revelamos ao mundo nossas negatividades, viramos um imã para o desprezo e o julgamento de outras pessoas e que, rapidamente, uma enorme quantidade de energia negativa começa a criar o caos em nossas vidas e não percebemos de onde está vindo tudo isso. Toda vez que nossas ações e palavras se mostram negativas, isso é obra da imagem escura e distorcida de nosso ego.

Todos nós temos um belo ser, com o DNA de nosso Criador, somos divinos. Cada um de nós, em nossas almas, possui um talento indispensável a humanidade. O despertar de nossa essência divina é a centelha de Luz capaz de mudar o mundo, com consciência e construir o paraíso que é aqui mesmo na Terra, um lugar onde há amor, altruísmo e verdade. Esse será o mundo de verdadeira liberdade, começando por cada um de nós.

E como conquistamos nossa liberdade individual? Simples... erradicando o ego.

Erradicar o ego é uma tarefa constante, que envolve análise pessoal. Nosso ego não nos dá folga e está sempre pronto a agir, tendo instrumentos incríveis para enganar nossa alma. O ego sempre tem boas desculpas e adora usar a palavra "liberdade" para enganar a alma, quando na verdade está dizendo "prisão". E a alma, às vezes, cai direitinho nessa estória, sem forças para contestar, tamanha a capacidade que o ego tem de ludibriar e seduzir.

Somos prisioneiros desse ego sempre que/quando:
  • Sofremos e/ou geramos sofrimento;
  • Nossa vida ou algum aspecto dela não flui como gostaríamos;
  • Não conseguimos lidar com nossos problemas;
  • Não encaramos nossas responsabilidades;
  • Não mantemos nossa palavra;
  • Não nos responsabilizamos pelos sentimentos dos que amamos;
  • Não conseguimos ter uma vida plena de verdade;
  • Não trabalhamos com prazer;
  • Não temos capacidade de realização;
  • Queremos receber mais do que dar;
  • Queremos dar mais do que receber;
  • Estamos presos a matéria*
Mesmo quando sofremos em consequência da atitude de outra pessoa, ao analisarmos profundamente nossas questões, perceberemos que projetamos aquela dor para podermos olhar mais fundo para nosso ego e vermos onde ele está enganando e jogando sombras em nossa alma construtiva.

Quando nos frustramos com alguém ou algo, demos espaço demais para nosso ego e fomos de encontro ao nosso sofrimento, buscamos isso.

Não existe a menor possibilidade de frustração ou decepção quando estamos conectados com as verdades mais profundas de nossa alma, por uma simples razão... nesse lugar tão difícil de se acessar, mas tão possível de ser acessado, despertamos o melhor que há em nós. E o melhor que há em nós, só pode fazer despertar o melhor que há em cada ser que encontramos em nosso caminho e temos o privilégio de "trocar", além de "tocar".

Os caminhos da alma levam a plenitude, a um estado de complementação interior, onde encontramos muita paz, segurança e alegrias. A plenitude da alma nos dá a sensação de o que existe em nós é tão seguro e confiável, tão perfeito e tão bom que podemos simplesmente relaxar e desfrutar dessa vida, com toda a liberdade que existe em nossa natureza divina!


* Estar preso a matéria significa que não devemos ter coisas materiais? Não, absolutamente, porque vivemos num mundo material e esse é nosso desafio, equilibrar matéria e espírito. Colocar a matéria a nosso serviço e não nos colocarmos a serviço da matéria. Estar preso às coisas materiais significa darmos mais valor a coisas do que às pessoas ou aos nossos valores espirituais, isto é, a verdade que nos liberta. Toda ambição, apego (acúmulo) a "coisas", vícios, luxúria, compulsões, etc... são formas materiais de expressão que aprisionam o ser humano em suas mesquinharias, mediocridades, egoísmos e criam um ciclo de acomodação e falsos prazeres momentâneos, afirmando exatamente o papel que é trabalho do ego e ele precisa exercer!

12/08/2010

Fotografia Parte I

Era uma vez... uma menininha que gostava de aparelhos com botões e também gostava de mágica.
Todo fim de ano era uma grande festa o mês inteiro, cestas enormes e até baús com muitos presentes chegavam para seu pai nessa época. Havia de tudo, dos chocolates mais finos até... o máximo que ela achava poder ter ali... uma Polaroid. O que? Uma máquina fotográfica que a foto aparecia na hora? Além de ser das mágicas mais sofisticadas, era pura magia!!! A caixa branca, com as listras coloridas e ela lá dentro... ah... parecia algo de outro mundo. Finalmente seu pai chegou em casa para tirá-la da caixinha e demostrar a "mágica". Era noite, então precisaria de flash e lá estavam eles em outra caixinha, tão lindos, quadrados, transparentes com uma coisinha dentro. Faz isso, encaixa aqui, faz aquilo, vira ali e "clic"... aqueles barulhinhos do clic, do flash explodindo em luz e de algo acontecendo por dentro, que delícia ela sentia. O quadradinho queimava e não podia mais ser utilizado e a fotografia saia de dentro da máquina!!! Uau! Mas isso não era o que ela mais gostava... era ficar olhando para o papel, vendo as imagens nascendo e ficando mais nítidas. Esse era um verdadeiro passe de mágica para ela. E ela queria brincar disso, o dia inteiro, mas não podia, porque o papel de dentro da máquina acabava, bem como acabava o flash, além de ser caro esse material e seu pai não dar tanta importância para esse objeto como ela dava. E ali ficava ela, naquela caixinha, como objeto de desejo da menininha, que de vez em quando abria o armário de sei pai só para vê-la lá em cima, inacessível.
Alguns natais passaram até essa menina ganhar de seus padrinhos sua própria máquina fotográfica, uma Kodak. O botão de disparo fazia um barulho estrondoso, era duro e uma coisa mais a outra eram um prazer. Quando ia com seu pai ao laboratório pegar as revelações, era elogiada pelo moço que dizia que ela tinha mãos muito firmes, porque aquela máquina era muito dura (sim, nada sutil) e que era comum saírem muitas fotos tremidas, mas as dela não, eram todas perfeitas. E com esse elogio, ela saía quase adulta da Fototica do Shopping Iguatemi, de mãos dadas com seu pai.
Então ela seguia fotografando, fotografando, fotografando de tudo, seus próprios tênis calçados nos pés, portões, gaiola, gato, caminhões passando, coisas, árvores, tudo. Fazia algumas fotos produzidas também, como colocar sua irmã bebê toda vestida de rosa e encaixar a pequena em sua cama, misturada no meio de almofadas de borboleta, corações e outros formatos, tudo muito rosa e ainda enfiar um óculos de sol cor de rosa na coitadinha. Linda foto. Linda mesmo.
Então, um dia, como sempre fazia, correu para esperar seu pai chegar com o pacotinho do laboratório para ver suas obras de arte. Ver aquele pacotinho amarelo nas mãos de seu pai era tão emocionante como os passeios que faziam de aviãozinho pelos céus da cidade, com direito a frio na barriga. Especialmente naquele dia havia alguma coisa muito interessante que tinha fotografado e não via a hora de ver no papel. Seu pai lhe entregou um pacote tão fininho que a surpreendeu. Quando abriu tinha uma foto, de um close muito bem enquadrado da placa do carro de seu pai. Decepcionada, ela perguntou onde estavam as outras fotos e seu pai respondeu bravo "Mandei revelarem somente as fotos que tivessem relevância e o moço ainda revelou essa porque achou que isso pudesse ser relevante! Chega, não vou mais gastar dinheiro para você tirar foto de muro, porta, pé, pichação, da gaiola do passarinho, se ao menos fosse do passarinho! Acabou a brincadeira!"
É, tinha acabado mesmo. Mais do que a brincadeira, naquele instante, muita coisa tinha acabado, a paixão, o entusiasmo, o interesse, ao passo que algo se agregava e ganhava vida... o sentimento de que os desejos que lhe brotavam ao coração não tinham relevância nem para seu pai e nem para ninguém.
Nesse dia, ela não chorou... mas nunca mais tirou nenhuma foto porque o sentido de "relevância" matou o sentimento mais alegre que havia nela quando as fotos eram reveladas... de enxergar além, de ver beleza onde ninguém via, de fazer as pessoas rirem com as imagens sem sentido, mas mais do que tudo isso... de fazer qualquer coisa insignificante ter o privilégio de ganhar vida dentro de um papel.

11/08/2010

"Sim, eu sei que o amor é incondicional.
Mas também sei que ele pode ser imprevisível, inesperado, incontrolável, insuportável e estranhamente fácil de ser confundido com aversão.
...
O meu coração... é como se o meu peito mal conseguisse contê-lo.
Como se ele não me pertencesse mais. Ele pertence a você.
E se você o quisesse, eu não pediria nada em troca.
Nem presentes, nem demonstração de devoção.
Nada além de saber que você também me ama.
Só seu coração em troca do meu."

STARDUST - O Mistério da Estrela

05/08/2010

Reconstrução da Alma Fragmentada

A alma se fragmenta... de divide, se destroça como milhares de cacos de vidro que com suas pontas nos dilaceram por dentro, espalhados pelo corpo inteiro... essa é a dor que sentimos quando percebemos que nos foi tirada a paz e a harmonia e se instalou em seus lugares um imenso conflito de sentimentos negativos.

Mas ninguém nos tira a paz, somos nós que permitimos essa invasão da energia negativa do outro e damos a permissão para tanto mal estar. O outro pode estar transtornado emocionalmente ou mentalmente, mas ninguém tem autorização para essa entrada permissiva e destruidora no nosso campo energético, mental e emocional.

Acontece que mesmo quando temos consciência e ferramentas para controlarmos com chaves e cadeados a porta da nossa casa interior, às vezes ainda nos incomodamos. Não é preciso drama quando isso ocorrer. É preciso somente aceitar o que se sente e observar que pessoas em estágios espirituais e evolutivos diferentes, em extremos desníveis, não conseguem conviver no mesmo ambiente. Podem se amar e ter compaixão, mas não dividir o mesmo espaço físico, é uma questão quântica.

Damos as chaves quando ainda temos expectativas e desejos que o outro se perceba, se observe e se transforme, para o bem dele, mas normalmente o outro não quer. Não quer mudar, não quer subir um degrau na vida aquele que arrogantemente acha saber tudo mais e melhor do que os outros, aqueles que crêem que só tem para ensinar e absolutamente nada para aprender. Esses, se transformam em verdadeiros personagens, caricaturas esquisitas que fazem aos outros tudo o quê não admitem que façam com eles, colocam a matéria na frente das pessoas e de tanta insegurança e medo mostram todo seu ego frágil e ferido, agredindo para se defender, sem a menor necessidade de defesa.

É inevitável que desejemos que aqueles que amamos deixem de ser personagens caricatos e se tornem humanos, mas quando isso não é possível, é necessário se afastar para tentar salvar alguma lembrança de um ser humano real, que sente tudo, de positivo e de negativo.

Seres humanos temem, mas não temem ter medo, são humildes para aprender até o fim da vida, se fortalecem com a fragilidade, enobrecem sua masculinidade com doçura e gentileza, são sensatos na maneira de agir e lidar com as pessoas, sentem-se felizes em servir ao próximo, seja ele um desconhecido ou regar uma florzinha, sentem-se felizes em ver o outro sorrir e jamais em provocar seu desespero.

Para mantermos nossa alma precisamos nos desvencilhar de nosso próprio ego.

Para mantermos nossa alma na condição de inteireza, precisamos nos desvencilhar do ego dos outros!

02/08/2010

Amor e Liberdade

Acabo de assistir um único capítulo de "Callas e Onassis", na GNT e fiquei encantada com ele.

A bordo do barco, durante o jantar, a esposa de Onassis insiste para que ela cante e ela, muito desconfortável, não quer cantar. Ele pede para que sua esposa não insista porque ele convidou a "Maria" e não a "Callas" e que a Maria tinha vindo para descansar! Uau... que elegância!!!

A noite está linda e Maria Callas quer ficar contemplando a paisagem com seu marido, mas ele se recolhe para escrever. Nesse momento eu pensei... "ferrou"...

Aí chega o Onassis e ela agradece por ele ter tomado partido dela durante o jantar e inicia o diálogo:

ELE: "Fiz o que senti. Só faço o que sinto. E senti que tinha que te proteger. O seu canto... deve cantar somente quando sentir vontade, senão o amor acaba. É sempre assim na vida."

ELA: "Não é assim tão simples, realizei meu sonho e esse é o preço a pagar"

ELE (BÁRBARO!!!): "O preço a pagar não pode ser a liberdade. Quando a liberdade é o preço a pagar, então esse não é um bom negócio"

Fim!

25/07/2010

Como é o Amor...

Quando a gente sente...
O que é mais fácil, explicar ao outro o quanto nos faz bem ou o quanto nos machucou?
E o que é pior, as injustas palavras de ataque e defesa que proclamamos quando estamos juntos ou a dor que permanece quando estamos separados, por não termos dito e ouvido as palavras certas antes?
Mas como… como sentir, como saber se uma divergência é só um motivo de crescimento ou um rompimento definitivo?
O que traz, afinal, um rompimento definitivo entre um casal? É possível um casal que se ama de verdade se separar? E o que é, então, amar de verdade?
Nada é fácil quando amamos. É dolorido quando o outro é rude conosco, tendo ou não razão e é ainda mais dolorido quando somos rudes com o outro, mesmo estando com a tal da razão. Não é ter razão que importa no amor, é ver o outro feliz e sermos felizes. É sorrirmos um para o outro de manhã e quando vamos dormir.
O entendimento, a compreensão, a admiração, o prazer e a sincronicidade de sentimentos que o outro tem conosco nos permite transitar por esferas de energia jamais imaginadas e é tão bom sentir, mas tão complicado contar a que local divino ele nos transportou. O olhar que o outro tem da nossa essência, da nossa verdade sempre nos permite ser melhor, nos faz desejar evoluir, mas algumas vezes esquecemos de dizer ou demonstrar a essa pessoa como ela é importante.
Enquanto estamos sendo supridos plenamente, tudo está perfeito, porém, basta esse ser que nos faz tão bem, reclamar de algo, se entristecer com algo que fizemos ou provocamos e temos um vocabulário prontinho de palavras bem rotuláveis para enfiar na cara dele demonstrando o quanto ele está sendo egoísta, já que o direito ao egoísmo é só nosso, afinal, queremos receber e o outro está ali para… dar.
Queremos receber tudo do outro, quando ainda não estamos prontos para dar tudo ao outro. Queremos a atenção constante do outro, quando muitas vezes ignoramos e até desprezamos um gesto ou ação realizadas com tanto sacrifício para nos agradar. Sentimos falta quando o outro não dá notícias, mas nos sentimos perfeitamente bem por passar dias incomunicáveis. Queremos o outro disponível para nos prestigiar, mas nem sempre estamos presentes. Gostamos que o outro sinta desejo por nós, mas nem sempre nos comprometemos com os sentimentos envolvidos naqueles desejos. Precisamos que o outro nos entenda incondicionalmente sem que façamos qualquer esforço em nos explicar, mas não fazemos tanta questão de entender o que se passa com ele. Sentimos angústia quando sabemos que o outro sofre e não quer compartilhar o motivo, mas é mais por curiosidade do que por vontade de sermos a força emocional que vai aplacar essa dor. Percebemos o amor que o outro tem por nós e não temos coragem de ficar com menos, então somos capazes de “ir levando” por comodidade.
Quem ama é só doação. É por isso que o amor de almas-gêmeas é tão sublime, porque só existe doação de ambas as partes. O meu bem estar é o bem estar do outro. O bem estar do outro é o meu bem estar. Dessa forma cria-se um elo de infinita troca e compartilhar de amor. Ambos se sentem plenos porque estão recebendo e dando na mesma proporção e dessa forma, nada lhes falta nunca. As divergências se transformam em entendimentos. Nenhum, jamais, terá apego a qualquer coisa que faça o outro sofrer, nenhuma profissão, nenhuma cidade, nenhuma escolha. Nenhum, jamais, abrirá mão do outro por não poder abrir mão de algo material, pois sabem que juntos podem construir, mudar, reformular, recriar e, separados, se enfraquecerão.
Só divergências não alteram sentimentos entre as pessoas, podem até ser combustíveis para mais conhecimento do outro, melhor comunicação, intimidade, novas descobertas e crescimento pessoal para ambos.
A única coisa capaz de interromper ou bloquear o fluxo dos sentimentos e das emoções entre um casal é o desequilíbrio nas principais trocas: sexual e de objetivos.
Sexo é a força mais poderosa do universo. É a força da vida. É a ligação mais forte que o homem pode ter com sua alma, com a alma do outro, com Deus, com a vida, com o Todo. É a morte em vida que transporta para um local cósmico de onde viemos e para onde voltaremos. Quando um homem e uma mulher se unem nessa energia, nessa vibração, nesse local, de forma sexual, eles utilizam o poder máximo do sexo. Essa força move a vida em todos os níveis e aspectos.
Nem todos os casais descobrirão o sexo com essa consciência e desfrutarão dos prazeres mais absolutos que esse sexo pode proporcionar, porém, ainda que inconscientes, instintivos e de forma materialista, eles estarão ligados na energia da vida e qualquer desequilíbrio nessa troca, mais cedo ou mais tarde, decorrerá em rompimento da relação.
Já os objetivos de um casal estão muito ligados a valores. Quando um casal está voltado para dar, eles têm comunicação e ao longo de suas vidas, seus objetivos podem até ir se alterando, juntos. Porém, quando os objetivos de um estão em completo desacordo com os objetivos do outro, a relação não se mantém porque objetivos estão ligados a verdade individual, a essência, aos anseios de alma, de missão de vida. Para estarmos juntos precisamos estar conectados nas mesmas verdades, nos mesmos valores, nenhum relacionamento que não esteja baseado no reconhecer da essência do outro e afinidade com esses objetivos, que também podemos chamar de desejos, se manterá.
Quando aquilo que sou precisa mudar em essência para agradar o outro, há uma uma incompatibilidade, um limite que não é possível ou saudável querer superar. Mas quando aquilo que sou desperta o melhor do outro e o outro em mim e me estimula a ser cada vez mais a minha essência e eu a dele e, ambos, queremos superar nossos defeitos e dificuldades, crescendo juntos, nos divertindo e desfrutando dessa vida juntos, conectados em troca sexual consciente e estimulante e focados em nossos objetivos e sempre, sempre mudando, transmutando, trasngredindo, progredindo como seres humanos, em nossa vida cotidiana e contribuindo para o crescimento do planeta… então... esse é o verdadeiro amor.
E é com esse que eu quero ficar!

24/07/2010

O Sagrado e o Profano

Hoje acordei pensando no que é sagrado e o que é profano.
Profano é tudo o que não é sagrado e que possa violar, macular ou desonrar o sagrado.
Então o que é sagrado? Sagrado para mim, não é nada que se relacione a religião.
Sagrado é tudo que se relaciona com a alma. A plenitude da alma.
Os caminhos dessa vida nos levam a viver o profano e o sagrado em constante conflito.
Osho diz que para conhecermos o sagrado, precisamos conhecer o profano. Porque o profano é vazio e o sagrado é cheio de plenitude. Quando entramos em contato com a plenitude do sagrado, reconhecemos imediatamente a ilusão daquilo que era profano. Numa carta no tarô de Osho, ele diz que todo homem tem que ter metade de Zorba, o Grego e metade de Buda. Ele quis dizer com isso que todos nós temos que desfrutar desse mundo material com consciência. Essa é a metáfora.
Devemos usufruir desse mundo material e de sua beleza na plenitude, rindo, dançando, celebrando, amando, viajando, lendo, aprendendo, conhecendo, sentindo, saboreando, mas com a consciência de um Buda.
Desfrutar do mundo material com consciência é o sagrado.
E sagrado é tudo aquilo que traz imenso prazer a nossa existência, que faz nossa alma plena e satisfeita de uma felicidade sublime e simples.
Profano é tudo o que pode trazer dor e sofrimento, romper com essa plenitude que um dia nossa alma conheceu ou algo que impeça nossa alma de um dia atingir a plenitude.
Para integrar a matéria a alma de forma que toda nossa vida e nossa existência se tornem sagradas, basta reconhecermos aquilo que nos mantém mais vivos por dentro, aquilo que quando nada material existir, ainda permanecerá.

OBS: Pensei em ilustrar esse post com uma foto que aos olhos da maioria poderia ser "profana", porém, para mim, é "sagrada" e decidi não publicar pelo seguinte... o meu profano é tão sagrado para mim, que ao ser exposto seria maculado!

20/07/2010

A Fonte


O Zen lhe pede que deixe de lado a cabeça e volte-se para a fonte primordial...
Não é que o Zen não esteja a par dos usos da energia na cabeça; mas, se toda a energia for usada na cabeça, você nunca se dará conta da sua eternidade...
Você nunca conhecerá como uma experiência o que é tornar-se uno com o todo.
Quando a energia fica restrita ao centro, pulsando, quando ela não está se deslocando para parte alguma, nem para a cabeça e nem para o coração, permanecendo na própria fonte de onde o coração a retira, aonde a cabeça vai buscá-la, pulsando na própria fonte -- esse é o significado exato do Zazen.
Zazen quer dizer apenas que, se você permanece na própria fonte, sem deslocar-se para parte alguma, uma força imensa se levanta, uma transformação de energia em luz e amor, em uma vida maior, em compaixão, em criatividade. Ela pode assumir formas variadas. Primeiramente, porém, você tem que aprender como permanecer na fonte. Depois, então, a fonte decidirá onde está o seu potencial. Você pode relaxar na fonte, e ela o levará ao seu próprio potencial.

Osho The Zen Manifesto: Freedom from Oneself Chapter 11


Comentário:

Quando falamos de estar "com os pés no chão" ou "centrados", é desta Fonte que estamos falando. Quando damos início a um trabalho criativo, é com esta Fonte que nos sintonizamos.

Esta carta nos lembra de que existe um vasto reservatório de energia à nossa disposição. E que não é quando pensamos e planejamos que nos ligamos a ele, mas quando pomos os pés no chão, quando nos centramos, e quando permanecemos suficientemente em silêncio para que o contato com a Fonte possa se estabelecer. Ela está dentro de cada um de nós, como um sol pessoal, individual, proporcionando-nos vida e alimento. Energia pura, ela permanece pulsando, disponível, pronta a nos dar o que for que precisemos para realizar alguma coisa, e pronta também para nos acolher de volta em casa, quando quisermos descansar.
Recorra, portanto, à Fonte caso você esteja dando início a alguma coisa nova e precise de inspiração imediatamente, e caso você tenha acabado de finalizar alguma coisa, e queira descansar. Ela está sempre à sua espera, e você nem precisa sair de casa para encontrá-la.

A Rainha do Arco-Íris - Minha Vida Intensa e Aprendizado na Morte

Hoje minha amiga de Twitter e blog, @RuthSasaki twittou: "Cada vez que leio a notícia da morte de alguém jovem, tenho certeza que devo fazer tudo que me dá muito prazer, mesmo que aos olhos do mundo seja errado!"

Isso me inspirou a escrever sobre morte/vida e certo/errado, algo que já fazia tempo queria escrever.

Um dia, meu amigo Tomás chegou na minha casa com um papel e disse: "Toma, imprimi isso aqui para você, porque essa carta aqui é você". Era a carta "Florescendo", do Tarô do Osho. Ele continuou dizendo: "Você é assim, você se apaixona pelas pessoas, as pessoas se apaixonam por você, você encara os problemas, os amores, as dores, você sabe celebrar até na dor, você é assim, você é a própria Rainha do Arco-Íris, eu precisava imprimir para você nunca esquecer quem você é".
E a carta era essa aqui...

Zen Tarot Card
Florescendo


"O Zen quer vê-lo vivendo, vivendo em abundância, vivendo na completude, vivendo intensamente - não em grau mínimo, como pretende a Cristandade, mas no grau máximo, transbordante.

A sua vida deveria derramar-se até os outros. A sua felicidade, a sua bem-aventurança, o seu êxtase, não deveriam ficar confinados dentro de você, como uma semente. Deveriam abrir-se como a flor e espalhar sua fragrância indiscriminadamente - não apenas para os amigos, mas para os desconhecidos também.

Isso é compaixão verdadeira, amor verdadeiro: compartilhar a sua iluminação, compartilhar a sua dança do além."

Osho Christianity, the Deadliest Poison and Zen… Chapter 5

Comentário:

"A Rainha do Arco-Íris é como uma planta fantástica que atingiu o ápice do seu florescimento e das suas cores. É muito sensual, muito cheia de vida e plena de possibilidades. Estalando os dedos ela acompanha a música do amor, e o seu colar do zodíaco está colocado de tal maneira que Vênus repousa sobre o seu coração. As mangas da sua vestimenta contêm sementes em abundância, e, à medida que sopra o vento, elas são espalhadas para criar raízes onde lhes for possível. Não a preocupa saber se as sementes caem no solo ou sobre as pedras - ela apenas as vai espalhando por toda parte, em total celebração da vida e do amor. Flores caem do alto sobre a sua cabeça, em harmonia com o seu próprio florescimento, e as águas da emoção serpenteiam divertidamente sob a flor em que ela está sentada.
Você poderia sentir-se neste exato momento como um jardim de flores, regado por bênçãos vindas de toda parte. Dê boas-vindas às abelhas, convide os pássaros a beber do seu néctar. Espalhe em volta a sua alegria, para que todos compartilhem dela."


Copyright © 2010 Osho International Foundation

Ao terminar de ler, rindo e me divertindo por ter adorado a Rainha do Arco-Íris, conversamos sobre as razões de eu ser assim.
O fato é que entre os 13 e 17 anos, vi muitos jovens morrerem em Piracicaba. Muitos, muitos mesmo. Acidentes de carro, de moto, suicídios, assassinato em conseqüência de dívida com drogas, doença, incluindo Aids, também em conseqüência de drogas, etc. Esses jovens eram irmãos de amigos, na grande maioria, mas também havia amigos e até paquera.
Então meu lema sempre foi esse, viver a vida ao máximo e no presente. Presente é hoje. Você respira e entre inspirar e expirar o segundo passado já é... passado...
Mas nessa intensidade da vida, das aventuras, dos amores, das paixões, das alegrias, da espontaneidade, das possibilidades, do não perder tempo com bobagens e pequenas coisas, de deixar a vida fluir, deixar acontecer e quando estamos fazendo o que temos que fazer sem preocupação, tudo flui, mesmo!
Outra coisa que a morte de jovens nos ensina é a ter compaixão. Lembro-me de quando morreu a irmã de uma amiga minha, num acidente horrível em que ela passou a madrugada inteira acordada estudando para a única prova que ficou de exame no 3º colegial e ela se enfiou com a Mobilete embaixo de um caminhão, por ter dormido. Foi horrível. Eu tinha 15 anos. Minha mãe me olhou e disse: "Vou te levar no enterro" e eu entrei em pânico porque não conseguiria enfrentar aquilo e retruquei dizendo que ela não era a minha amiga, era irmã da minha amiga. Então minha mãe disse: "Tudo bem, mas você vai na missa de 7º dia. Você vai justamente por sua amiga, porque ela está sofrendo e você vai só mostrar sua amizade e apoiá-la". E lá fui eu, sozinha, na missa. Quando fui cumprimentá-la disse na maior espontaneidade: "Não sei o que te dizer porque ninguém deve estar sofrendo como você". Acho que minhas palavras não foram bem colocadas na hora, mas quis dizer que eu conseguia entrar na dor dela. Foi meu primeiro contato com a compaixão.
Então eu pergunto, o que é certo e o que é errado?
Aos olhos do mundo muita coisa é errada, mas não podemos nos esquecer que o mundo é míope, então, conceitos são só conceitos, o que se aplica a cada um de nós como certo e errado é muito particular.
No meu caso, com relação às mortes de jovens aprendi a viver intensamente no presente, com muito, mas muito cuidado e amor a minha vida e a ter compaixão por todos que me cercam. Então, meus conceitos de certo e errado se aplicam por esse caminho.
Tudo o que faço é responsabilidade minha e arco com elas.
Tudo que fizer que não prejudique ou ponha em risco a vida de ninguém, está certo.
Tudo que fizer e tiver conseqüências que eu possa ou queira suportar está certo pra mim.
Tudo que fizer que machuque alguém que amo e, para mim, seja mais insuportável ver a pessoa sofrendo do que o prazer daquilo que fiz, então está errado.

19/07/2010

A Angústia

Há muito não sentia angústia. Sentimento horrível, que aperta o plexo solar e fica ali, remoendo...
Tem pessoas que sentem uma angústia constante e por ser constante já nem percebem. Saem, bebem, comem, grudam na internet ou TV, trabalham mais que o normal, compram demais, limpam coisas, usam drogas (legais ou ilegais) e não percebem que só estão mascarando essa angústia.
Quem sente angústia não consegue ficar consigo próprio em paz, em plenitude, em felicidade.
Um problema ou tristeza não trazem necessariamente uma angústia, trazem dor ou preocupação. Quando você está triste ou preocupado, você sabe exatamente com o quê e o próximo passo é aceitar e resolver a situação. Conforme você vai resolvendo, a tensão vai diminuindo e quando se dá conta está tudo certo.
A angústia não passa porque está ligada ao desconhecido. Não só o sentimento desconhecido, mas o desconhecido futuro. Enquanto você não vai bem lá dentro conversar com ela, ela fica ali apertando seu estômago bem gostosinho. É possível que esse incômodo um dia se torne até prazeroso para algumas pessoas, trazendo o ciclo do prazer ilusório. O sujeito sente a angústia, toma uma droga e sente aquela sensação de bem estar e leveza; sente a angústia de novo e sai para comprar coisas, ah, como se completa com aquelas coisas; aí vem a angústia de novo e sai para beber, comer, conversar, dançar a noite inteira... que delícia, como a pessoa é feliz e incrível! Ahã... é sim...
Ontem representei em 4 constelações familiares. Todos foram muito importantes e significativos para mim. O último foi mais. Porque trouxe para meu presente, minha realidade a sensação de angústia das últimas semanas. E a sensação está ligada a uma das ordens de amor que não podem ser rompidas... a do pertencer.
Olhando para trás, para as últimas sensações angustiantes da minha vida, percebo o padrão de desconexão, de rejeição, de não sentir que pertenço, de sentir que estou sem um lugar.
Acabo de perceber que angústia é desconexão. E desconexão traz profundas inseguranças com relação ao futuro.
Pessoas queridas podem partir dessa vida material e nos sentirmos absurdamente tristes e vazios, porém continuarmos conectados a elas.
Não sentimos desconexão ao perdermos alguém, estarmos longe de alguém ou terminarmos um relacionamento. Sentimos desconexão quando as ordens do amor foram rompidas...

17/07/2010

Depois de representar em quatro constelações há tanto pra dizer...
... mas a única coisa que posso dizer é que sinto... ah, como sinto!

10/07/2010

Enxergando Além da Confusão

Só agora me dei conta de que não estou recebendo semanalmente os e.mails do Kabbalah Centre.
Acredito que justamente por essa razão, nessa semana, ele veio como uma Luz, uma bênção, um presentinho de Deus para mim.
Estava sentindo uma plenitude incrível na minha vida em todos os sentidos, quando semana passada acordei para a realidade de um determinado aspecto que eu estava fingindo e acreditando ter.
Então, nesse momento trabalho para enxergar além da confusão, fortalecendo a minha visão interior!

"Uma coisa maravilhosa sobre o mundo em que vivemos são as coisas que acontecem e parecem aleatórias e que não são realmente aleatórias. E essas coisas “aleatórias” não acontecem conosco. Elas acontecem a nosso favor.

Mas só enxergamos a ordem oculta no caos após o fato. Se ao menos pudéssemos enxergá-las no momento...

É isso que eu gostaria que você fizesse esta semana: Procure enxergar a perfeição no momento. Isso parece muito Zen, mas existe uma ciência, por assim dizer, por trás disso.

No instante em que vemos que existe um projeto por trás da desordem, nos direcionamos à claridade. Aceleramos o processo. Injetamos Luz na escuridão.

Quando nos sentimos rodeados pela escuridão, sem sinal de Luz no fim do túnel, perpetuamos nossa cegueira. É como se disséssemos: “Não existe o bem aqui, Deus se omitiu; causa e efeito não existem realmente.” E esses tipos de pensamentos simplesmente plantam sementes para mais escuridão, caos e desorientação.

Estamos no mês de câncer, e o nome em aramaico para esta época, Sartan, significa literalmente “remover a confusão”. Ao mesmo tempo em que pode ser o mês mais confuso - e mais exasperador -, também é o mês mais poderoso para enxergar além da confusão. Fortalecer a nossa visão interior agora nos dará maior capacidade de discernimento no ano todo.

Então, não deixe o caos atingi-lo esta semana. Quando os desafios aparecerem, antes de pensar e agir, lembre: “Isso também é para melhor.” O melhor pode não se materializar à sua frente como passe de mágica, mas se você permanecer alerta, conseguirá vislumbrar isso antes do que imagina.

Tudo de bom,

Yehuda."

09/07/2010

Sutra Sagrada - Chuva de Néctar da Verdade - ILUSÃO

"Enquanto assim recita o Anjo na Seicho-No-Ie, aparece um Querubim que roga: "Para o bem-estar da humanidade, para o despertar espiritual dos homens, esclarecei a natureza da ilusão".
Responde o Anjo dizendo:
Supor existente o que é inexistente, nisto consiste a ilusão.
Diz-se ilusão o desconhecimento da Verdade.
Embora o prazer e a dor não estejam na matéria, julgam que eles são pertinentes à matéria,
ora perseguindo o prazer,
ora fugindo da dor
- a tal pensamento invertido se dá o nome de ilusão.
Embora a Vida não esteja na matéria, imaginam que ela está na matéria - a esse equívoco se diz ilusão.
Na verdade, a matéria está na mente.
Embora a mente seja o senhor da matéria e todas as formas e naturezas da matéria sejam criações da mente, acreditam que a mente é dominada pela matéria,
sofrem ou se angustiam segundo as mudanças materiais e não compreendem que a Imagem Verdadeira de si próprio e de sua Vida é a Perfeição e Harmonia - a isso se diz ilusão.
A ilusão e ausência de Luz porque é o oposto da Verdade.
A ilusão é irreal porque se opõem à Realidade.
Tivesse a ilusão existência real, a dor e a angústia que nascem da ilusão teriam também existência real.
Porém, porque a ilusão é ausência de Realidade, dor e angústia são apenas pesadelos que certamente se desfarão e não são a Realidade."

08/07/2010

Sutra Sagrada - Chuva de Néctar da Verdade

Reconcilia-te com todas as coisas do céu e da terra. Quando se efetivar a reconciliação com todas as coisas do céu e da terra, tudo será teu amigo. Quando todo Universo se tornar teu amigo, coisa alguma do Universo poderá causar-te dano. Se és ferido por algo, atingido por doença ou espíritos baixos, é prova de que não estás reconciliado com todas as coisas do céu e da terra. Reflete e reconcilia-te. Esta é a a razão por que te ensinei, outrora, que era necessário te reconciliares com teus irmãos antes de trazeres oferendas ao altar. Dentre os teus irmãos, os mais importantes são teus pais. Mesmo que agradeças a Deus, se não consegues, porém, agradecer ateus pais, não estás em conformidade com a vontade de Deus. Reconciliar-se com todas as coisas do Universo significa agradecer a todas as coisas do Universo. A reconciliação verdadeira não é obtida nem pela tolerância nem pela condescendência mútua. Ser tolerante ou ser condescendente não significa estar em harmonia do fundo do coração. A reconciliação verdadeira será consolidada quando houver recíproco agradecer. Mesmo que agradeça a Deus, aquele que não agradece a todas as coisas do céu e da terra não consolida a reconciliação com todas as coisas do céu e da terra. Não havendo reconciliação com todas as coisas do Universo, mesmo que Deus queira te auxiliar, as vibrações mentais de discórdia não te permitem captar as ondas de salvação de Deus. Agradece à Pátria. Agradece a teu pai e tua mãe. Agradece a teu marido ou mulher. Agradece a teus filhos. Agradece a teus criados. Agradece a todas as pessoas. Agradece a todas as coisas do céu e da terra. Somente dentro desse sentimento de gratidão é que poderás ver-Me e receber a Minha salvação. Como sou o Todo de tudo, estarei somente dentro daquele que estiver reconciliado com todas as coisas do céu e da terra. Não sou presença que possa ser vista aqui ou acolá. Por isso não me incorporo em médiuns. Não penses que, chamando Deus através de um médium, Deus possa se revelar. Se queres chamar-Me, reconcilia-te com todas as coisas do céu e da terra e chama por Mim. Porque sou Amor, ao te reconciliares com todas as coisas do céu e da terra, aí, então, Me revelarei.

Quando se aproxima Luz, desaparecem as trevas. Quando aproxima a Verdade, extinguem-se as ilusões. Extintas as ilusões, desaparecem seus frutos: pecado, doença e morte. Recebe Minha Luz sem duvidar. Sou aquele que acende a luz nos Sete Candeeiros.

SEICHO-NO-IE

26/06/2010

Passado, presente ou eternidade... onde estamos?

Tem pessoas que fazem parte do meu presente e outras, do meu passado.

Mesmo incomunicáveis, distantes e que já não se encontram mais nesse mundo material, tem pessoas que fazem parte da minha eternidade. Essas são as pessoas que continuam marcadas em minha alma.

Outras passaram e outras passarão trazendo aprendizado, pois ninguém passa por nós sem que seja necessário algum aprendizado, nenhum encontro é casual… mas essas, que vem para um propósito específico, quando ele se cumpre, se desligam, deixam de fazer parte.

Só há uma razão para essa circulação de pessoas em nosso mundo, evoluírmos. Evoluímos todos, uns mais, outros menos, uns mais rápido, outros mais devagar nesses processos que nos esbarramos. Quando subimos um degrau na escala evolutiva, com algumas pessoas já não é necessária a permanência, a convivência, a constância ou até mesmo um contato eventual.

Quando subimos os degraus da vida e cruzamos com essas pessoas, lidando com elas com respeito e compaixão, não sentimos culpa ao deixá-las para trás ou ressentimento de sentir que nos deixaram para trás. Sentimos só gratidão e amor pela continuidade eterna. Conscientes dessa escalada, podemos nos desapegar e respeitar o processo individual porque temos certeza de que a unidade absoluta só será possível se cada um evoluir por si só, tomando a responsabilidade por suas ações, palavras, emoções e pensamentos... por sua vida.

Uma questão importante na evolução é que nos damos conta de que não podemos gastar energia com o que não flui. Não podemos interferir no crescimento de ninguém e não podemos tomar o destino das pessoas com nossas próprias mãos. É preciso deixar que cada um amadureça por si só. Quem quer ajuda, sempre terá. Ajuda para abrir sua mente e seu coração para as mudanças, ajuda para conscientização e não as pseudo-ajudas, as bengalas humanas. Sempre precisamos de pessoas que nos ensinem a caminhar com nossas próprias pernas. Esses são nossos verdadeiros mestres. Os que nos mostram os caminhos e os meios.

Todas minhas amizades e meus amores tiveram de mim consideração, respeito, dedicação e amor. Mas todos nós fizemos escolhas dentro de nossos processos. Aceitei as separações que outros escolheram e outros precisaram aceitar as separações que escolhi. Todos nós, só precisávamos seguir em frente, nada tão pessoal, podemos chamar isso de carma. Com relação as escolhas que fiz, normalmente não desejo voltar atrás, não desejo resgatar o que passou ou retomar a partir do zero. O engraçado é que vou tão fundo nas questões, que também não desejo resgatar qualquer relação de afeto que eu não queria, mas foi rompida, porque sempre percebo a razão, o desequilíbrio que havia. É justamente por honrar o passado e todas essas pessoas, as que me fizeram bem e as que me causaram muita dor e sofrimento, que tenho espaço dentro de mim para tantos afetos, tantas experiências, que vem e que vão, mas principalmente, que tenho espaço sobrando para nenhum gasto de energia, pois no meu processo evolutivo, já tenho o merecimento de encontrar pessoas absolutamente sintonizadas com os mesmos desejos de alma que eu tenho. Pessoas com propósitos maiores, mais humanizadas, conscientes do coletivo, equilibradas no mental e emocional, sustentáveis, que mantém suas personalidades e estão em constante mudança. Pessoas que não tem medo de sentir seus medos, que não se sentem inferiorizadas por encarar seus defeitos e limitações, pessoas que valorizam a si próprias e sabem se relacionar, sabem se comunicar, raciocinar, se emocionar, se perdoar, perdoar os outros e com certeza, sabem amar. Sabem que não tem rótulos, que não querem conviver com a ilusão, que por mais que a realidade seja difícil de encarar, se encara, sabem que precisam chorar, que entram na mais profunda dor e saem dela limpos, na mais pura alegria. Pessoas que tem um corpo, uma mente e um coração e que podem fazer o mundo melhor só com isso.

E talvez chagando aqui você me pergunte. Mas se você acredita na evolução, por que acha que alguém que retorne do seu passado não pode estar na mesma sintonia que você e retomarem as afinidades?

A resposta é simples, eu acredito completamente nisso. E eu vou te perguntar e já vou responder… e como é possível saber se essa é uma verdade? Simples… é só sentir. A mente racional vai dizer mil coisas. Mas a alma vai te fazer uma única pergunta que tem uma única resposta, ou sim ou não. A pergunta é… você DESEJA isso? Se deseja, essa pessoa ainda é parte do seu presente, de seu processo ou da sua eternidade…

19/06/2010

Intimidade

Outro dia andei refletindo sobre intimidade e hoje li uma matéria dizendo que a intimidade entre um casal era um grande teste da alma. Eu discordo. Para mim, a intimidade está no pedaço da alma de um que se une a alma do outro e se torna a própria alma do casal. A mesma matéria dizia que ser íntimo de alguém era ter esse ser dentro de si no sentido do conhecimento profundo que a comunicação entre eles proporciona. Nisso eu concordo.
Nenhum corpo nu e performances sexuais estarão tão perto da intimidade, do que estará a comunicação entre as pessoas, o compartilhar de emoções, sentimentos e desejos.
Se comunicar é diferente de falar. É se expressar. Para se expressar livremente atingindo esse grau de intimidade é preciso um ouvinte aberto, principalmente quando não se partilha da mesma opinião. Onde há expressão e intimidade existe algo muito precioso, a confiança.
Ser íntimo de alguém é perceber esse alguém. É perceber a lágrima antes do choro, é identificar a dor num comportamento diferente, é respeitar a individualidade, é querer dar alegria, é conhecer o desejo e a necessidade da pessoa antes mesmo dela descobrir.
Pessoas íntimas se sentem confortáveis em longas conversas, mas também juntas em longo período de silêncio.
Pessoas íntimas se comunicam na ausência e na distância e continuam confortáveis com isso.
Talvez a distância seja o grande teste da intimidade. Se ser íntimo é ter o outro dentro de si, então não há distância física capaz de romper com isso.
Concluindo de forma simplificada, para mim, intimidade é o espaço comum que duas almas, na sua mais plena naturalidade, ocupam juntas em estado de harmonia e amor.

27/05/2010

Os Quatro Compromissos - Filosofia Tolteca

PRIMEIRO COMPROMISSO: seja impecável com sua palavra. Através da palavra torna-se possível a expressão do poder criativo. A palavra é um instrumento de magia: branca ou negra. Uma faca de dois gumes: pode materializar o mais exuberante dos sonhos ou destruir uma nação. Dependendo de como é usada, ela pode gerar liberdade ou escravidão. Ser impecável é não contrariar sua natureza, é assumir a responsabilidade por seus atos, pensamentos e sentimentos, sem julgamentos ou culpas. Sem peccatu. Ser impecável com a própria palavra é empregar corretamente a sua energia, ou seja, não desperdiçar ou perder energia e poder pessoal. É usar a palavra na direção da verdade e do amor por você. Se você se comprometer a ser impecável com sua palavra, basta essa intenção para que a verdade se manifeste por seu intermédio e limpe todo o veneno emocional que existe em seu interior.

SEGUNDO COMPROMISSO: não leve nada para o lado pessoal. Se você leva tudo para o pessoal é porque concorda com o que está sendo dito. Ao concordar todo o veneno passa a fazer parte de você. O que causa seu próprio envenenamento é o que os toltecas chamam de importância pessoal, expressão máxima do egocentrismo. Nada do que os outros fazem é motivado por você, é por causa deles mesmos. Todas as pessoas vivem em seu próprio sonho, nevoeiro ou mente, inclusive você. Se você aceita o lixo emocional do outro, ele passa a ser seu também. Se você se ofender sua reação será defender suas crenças e criar mais conflitos. Então, se você fica brava comigo, sei que está lidando consigo mesma. Sou apenas uma desculpa para você se irritar e fingir que não tem medo. Mas na verdade, sua braveza é uma expressão do seu medo. Sem medo não existe motivo para se irritar, brigar ou me odiar. Sem medo, não há motivo para sentir ansiedade, ciúme inveja.

TERCEIRO COMPROMISSO: não tire conclusões. Temos a tendência a tirar conclusões sobre tudo. Interpretar tudo segundo nossa ótica, nossa mente, nossas crenças. É que acreditamos que elas são verdadeiras. Poderíamos jurar que são reais. Tiramos conclusões sobre o que os outros estão fazendo e pensando - levamos para o lado pessoal -, então os culpamos e reagimos enviando veneno emocional com nossa palavra. Por isso, fazemos presunções, estamos pedindo problemas. Tiramos uma conclusão, entendemos de modo errado, levamos para o pessoal e acabamos criando um grande conflito interno, familiar, profissional, mundial, do nada. Como ficamos com medo de pedir esclarecimentos, tiramos conclusões e acreditamos estar certos sobre elas; depois as defendemos e tentamos tornar a outra pessoa errada. Sempre é melhor fazer perguntas do que tirar conclusões, porque as conclusões nos predispõem ao sofrimento. O grandemitote na mente humana cria um bocado de caos, que faz com que interpretemos mal e tudo errado. Apenas enxergamos o que queremos enxergar e escutamos o que queremos escutar. Temos o hábito de sonhar sem base na realidade. Literalmente, enxergamos e escutamos coisas com nossa embaçada imaginação.

QUARTO COMPROMISSO: dê sempre o melhor de si. Na verdade, esse é o compromisso de colocar na prática os outros 3 compromissos. Você nasceu com o direito de ser feliz. Nasceu com o direito de amar, de aproveitar e compartilhar seu amor. Você está vivo. Portanto, tome sua vida e a aproveite. Não resista à vida que está passando através de você, porque é Deus passando através de você. Apenas sua existência prova a existência de Deus. Sua existência prova a existência da vida e da energia.


Conceição Trucom

Somos Todos Um