18/08/2010

A Kabbalah diz que quando revelamos ao mundo nossas negatividades, viramos um imã para o desprezo e o julgamento de outras pessoas e que, rapidamente, uma enorme quantidade de energia negativa começa a criar o caos em nossas vidas e não percebemos de onde está vindo tudo isso. Toda vez que nossas ações e palavras se mostram negativas, isso é obra da imagem escura e distorcida de nosso ego.

Todos nós temos um belo ser, com o DNA de nosso Criador, somos divinos. Cada um de nós, em nossas almas, possui um talento indispensável a humanidade. O despertar de nossa essência divina é a centelha de Luz capaz de mudar o mundo, com consciência e construir o paraíso que é aqui mesmo na Terra, um lugar onde há amor, altruísmo e verdade. Esse será o mundo de verdadeira liberdade, começando por cada um de nós.

E como conquistamos nossa liberdade individual? Simples... erradicando o ego.

Erradicar o ego é uma tarefa constante, que envolve análise pessoal. Nosso ego não nos dá folga e está sempre pronto a agir, tendo instrumentos incríveis para enganar nossa alma. O ego sempre tem boas desculpas e adora usar a palavra "liberdade" para enganar a alma, quando na verdade está dizendo "prisão". E a alma, às vezes, cai direitinho nessa estória, sem forças para contestar, tamanha a capacidade que o ego tem de ludibriar e seduzir.

Somos prisioneiros desse ego sempre que/quando:
  • Sofremos e/ou geramos sofrimento;
  • Nossa vida ou algum aspecto dela não flui como gostaríamos;
  • Não conseguimos lidar com nossos problemas;
  • Não encaramos nossas responsabilidades;
  • Não mantemos nossa palavra;
  • Não nos responsabilizamos pelos sentimentos dos que amamos;
  • Não conseguimos ter uma vida plena de verdade;
  • Não trabalhamos com prazer;
  • Não temos capacidade de realização;
  • Queremos receber mais do que dar;
  • Queremos dar mais do que receber;
  • Estamos presos a matéria*
Mesmo quando sofremos em consequência da atitude de outra pessoa, ao analisarmos profundamente nossas questões, perceberemos que projetamos aquela dor para podermos olhar mais fundo para nosso ego e vermos onde ele está enganando e jogando sombras em nossa alma construtiva.

Quando nos frustramos com alguém ou algo, demos espaço demais para nosso ego e fomos de encontro ao nosso sofrimento, buscamos isso.

Não existe a menor possibilidade de frustração ou decepção quando estamos conectados com as verdades mais profundas de nossa alma, por uma simples razão... nesse lugar tão difícil de se acessar, mas tão possível de ser acessado, despertamos o melhor que há em nós. E o melhor que há em nós, só pode fazer despertar o melhor que há em cada ser que encontramos em nosso caminho e temos o privilégio de "trocar", além de "tocar".

Os caminhos da alma levam a plenitude, a um estado de complementação interior, onde encontramos muita paz, segurança e alegrias. A plenitude da alma nos dá a sensação de o que existe em nós é tão seguro e confiável, tão perfeito e tão bom que podemos simplesmente relaxar e desfrutar dessa vida, com toda a liberdade que existe em nossa natureza divina!


* Estar preso a matéria significa que não devemos ter coisas materiais? Não, absolutamente, porque vivemos num mundo material e esse é nosso desafio, equilibrar matéria e espírito. Colocar a matéria a nosso serviço e não nos colocarmos a serviço da matéria. Estar preso às coisas materiais significa darmos mais valor a coisas do que às pessoas ou aos nossos valores espirituais, isto é, a verdade que nos liberta. Toda ambição, apego (acúmulo) a "coisas", vícios, luxúria, compulsões, etc... são formas materiais de expressão que aprisionam o ser humano em suas mesquinharias, mediocridades, egoísmos e criam um ciclo de acomodação e falsos prazeres momentâneos, afirmando exatamente o papel que é trabalho do ego e ele precisa exercer!

Um comentário:

  1. adorei esse texto..
    é essencial pararmos de procurar razões nos outros para os nossos sofrimentos... tudo acontece dentro da gente...
    bjok

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